sábado, 12 de julho de 2008

Quem eu posso enlouquecer hoje?

5:25 da madrugada, quase manhã. Calor em uma noite de 9 graus. Namorado dormindo há horas com cobertor. O que fazer? Um blog, claro. Porque alguém eu vou enlouquecer além de mim mesma. E se não será aqui do meu lado, onde os riscos são maiores, então será você se um dia se tornar meu leitor.
Sim, porque uma mulher quando percebe que seus hormônios estão morrendo -- sim, porque eles não se revoltam, como dizem, eles morrem e vão para algum lugar do céu hormonal que não sei onde fica, se soubesse estaria lá os ressuscitando -- e que isso a altera, precisa se jogar em algum canto. E eu vou me jogar aqui. Me despejar.
Devem existir outras tantas mulheres acordadas por aí. Se houvesse uma espécie de telepatia menopausática estaríamos todas conversando a essa altura. Sobre a nossa invisibilidade, por exemplo. Porque nos tornamos invísiveis? Porque só nos percebem quando nos alteramos e aí alguém vai dizer, são os hormônios. Meu Deus, eles de novo. Ou sobre o cansaço de ficar cansada. É, porque cansadas ficamos um dia, agora nos cansamos de nos cansar.
Ficamos mais impacientes? Deus meu, a burrice alheia começa a nos alfinetar. Se já ficamos impacientes com a nossa, porque temos de aturar a dos outros? Chatice, tudo fica chato em um estalar de dedos. Conversas, jornais, TV...Ou você ainda tem saco para ver Desperate Housewives com aquelas peruas morando naquelas casas espaçosas em um subúrbio qualquer e se suicidando, brigando com vizinhos, escondendo corpos e segredos. Chega, ou elas simplificam a vida e o raciocínio ou não contarão mais com meus olhinhos e muito menos minha mente para acompanhá-las.
Eu não sei como aumentar o corpo desse catso de texto mas em homenagem às minhas colegas que conversam comigo telepaticamente deveria ampliar muito. Não vou querer que ninguém pegue os óculos para ler. Longe de mim tal tarefa. Bom, olha só como funciona, o sono chegou assim de repente. Como se estivesse esperando eu me distrair para se instalar em meu corpo. Voltarei, me aguardem colegas. Menos pausa e mais ritmo porque aqui ninguém está se acabando, só em fase de migração, como as aves. Vamos buscar um pouso mais acolhedor, nem que seja só na nossa mente já que o corpo estranhamos. Até.