segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Não dá nem para discutir. Seis vezes é tuuuuuuudo.
Vivaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Medo

Acabo de voltar da pizzaria com meus dois filhotes, um pré e outro inteiro adolescente. Como sempre foi divertido. Mas eu queria voltar logo para casa, havia um sentimento que não conseguia entender direito. Chegando aqui, a ficha caiu. Era medo, puro medo.
Medo é um sentimento que nós, mães, conhecemos tão bem. Aprendemos a conviver com eles desde a primeira vez que esses bichinhos aparecem na nossa frente. Conseguimos em muitos momentos esquecer disso, tamanha a alegria que temos com eles. Mas ele volta, sempre nos ronda.
Hoje eu fiquei completamente arrasada ao saber que depois de mais de 100 horas de indefinições uma menina de 15 anos saiu baleada de um sequestro em sua própria casa e com todo mundo acompanhando pela tv. Talvez por ter se tornado um fato televisivo é que tenha ganho mais periculosidade. Mesmo assim, não consigo imaginar o que seus pais sofreram do lado de fora todo esse tempo, sabendo que ela estava em mãos de um louco de um lado e inábeis negociadores do outro.
Entre as vertentes dos nossos sentimentos sinistros está o pavor da impotência. Imagino o inferno dessa mãe com a filha tão perto mas sem poder falar ou salvar sua vida. Medo, medo, medo. Que outro sentimento podemos ter para nos libertar disso? Que horas devemos acreditar que algo acima de tudo isso nos protege? Medo, medo, medo.
A única vantagem das mães é que sempre há um viés de coragem. Nem que seja para trancar correndo as portas e janelas e mantê-los protegido. Pelo menos enquanto pudermos. Pelo menos enquanto eles ainda podem dormir tranquilos. Sinto muito, meu filhos, mas esse foi o mundo que deixamos para vocês. Dominado pelo medo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Paul, o new, o old, o man

Nada como um obituário para nos fazer descobrir algumas coisas. Onde eu estava que nem imaginava que Paul Newman tivesse 83 anos? Está certo que já estava bem caidinho nos seus últimos filmes, mas ainda tinha aquele brilho nos olhos que me faziam esquecer as rugas, os pés de galinha, a pele envelhecida. E foi com o mesmo choque que descobri que, na verdade, ele era um pedófilo. Afinal, ele já devia estar com mais de 35 anos quando ia me buscar na saída do colégio. Eu, uma menina, devia ter acabado de menstruar. E lá estava ele, encostado no poste da esquina, do lado do carrinho de pipoca, lindo, charmoso, me esperando. Parecia um rapaz de não mais de 20 anos.
Ele apenas estendia a mão e eu ia correndo. Nem precisava dizer nada. Aliás, acho que se ele falasse eu não entenderia, mal balbuciava em inglês. Acho que era porisso que ele falava pouco. Só me levava para as colinas próximas da cidade, brincava comigo, andávamos de bicicleta, nadávamos, jogávamos baralho. E quando o sol ia se pondo, ele me pegava nos braços, me beijava, me possuía.
Às vezes ele entrava no meu quarto à noite. Até hoje não sei como ele vencia a vigilância dos meus pais e irmãos, mas ele chegava sem medo de ser pego. Deitava ao meu lado na cama e esperava que eu acabasse de ler ou estudar. Quando apagava a luz, ele me abraçava e dormíamos assim, juntinhos. Eu nunca sabia que horas ele ia embora, mas de manhã nunca estava lá. Eu ainda o procurava no café da manhã, nada. Por algum tempo ele sumia e eu imaginava que estivesse com aquela horrorosa da Liz Taylor, ela o assediava sem dó com aqueles olhos violetas traiçoeiros.
E agora descubro a sua idade. Meu Deus, ele podia ser preso. Quantos riscos não passou naquela cidadezinha do interior de São Paulo. Meu irmão teria acabado com ele, imagine só. Minha mãe, então, se soubesse que eu estava de amores com alguém tão mais velho. Virgem Maria, do que escapou o lindo Paul.
Ao mesmo tempo fico pensando, onde estavam os ídolos mais novos? Porque eu, menina, fui me apaixonar por alguém tão mais velho? Talvez porisso nosso amor não deu certo. Em algum momento ele deve ter tomado consciência de que eu poderia fugir com alguém mais novo. No final, foi o que eu fiz. Sábio Paul.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Inferno por opção...

Ainda há certas coisas que me tranquilizam nessa vida. Uma delas é ler essa notícia no G1.
"Tzipi Livni foi eleita para liderar o Partido Kadima, no poder em Israel, por 431 votos de vantagem sobre Shaul Mofaz, segundo resultados oficiais divulgados na manhã desta quinta-feira (18) pela rádio estatal israelense."
Caso alguém não tenha entendido, Livni é uma mulher. Relativamente jovem. Fico muito aliviada de saber que uma mulher pode, voluntariamente, assumir mais problemas do que eu e vocês todas juntas. Não sei o que fazer com a Poliana que baixou em mim, mas ela me deu paz. Há conflitos muito maiores que o meu. Salve.

sábado, 12 de julho de 2008

Quem eu posso enlouquecer hoje?

5:25 da madrugada, quase manhã. Calor em uma noite de 9 graus. Namorado dormindo há horas com cobertor. O que fazer? Um blog, claro. Porque alguém eu vou enlouquecer além de mim mesma. E se não será aqui do meu lado, onde os riscos são maiores, então será você se um dia se tornar meu leitor.
Sim, porque uma mulher quando percebe que seus hormônios estão morrendo -- sim, porque eles não se revoltam, como dizem, eles morrem e vão para algum lugar do céu hormonal que não sei onde fica, se soubesse estaria lá os ressuscitando -- e que isso a altera, precisa se jogar em algum canto. E eu vou me jogar aqui. Me despejar.
Devem existir outras tantas mulheres acordadas por aí. Se houvesse uma espécie de telepatia menopausática estaríamos todas conversando a essa altura. Sobre a nossa invisibilidade, por exemplo. Porque nos tornamos invísiveis? Porque só nos percebem quando nos alteramos e aí alguém vai dizer, são os hormônios. Meu Deus, eles de novo. Ou sobre o cansaço de ficar cansada. É, porque cansadas ficamos um dia, agora nos cansamos de nos cansar.
Ficamos mais impacientes? Deus meu, a burrice alheia começa a nos alfinetar. Se já ficamos impacientes com a nossa, porque temos de aturar a dos outros? Chatice, tudo fica chato em um estalar de dedos. Conversas, jornais, TV...Ou você ainda tem saco para ver Desperate Housewives com aquelas peruas morando naquelas casas espaçosas em um subúrbio qualquer e se suicidando, brigando com vizinhos, escondendo corpos e segredos. Chega, ou elas simplificam a vida e o raciocínio ou não contarão mais com meus olhinhos e muito menos minha mente para acompanhá-las.
Eu não sei como aumentar o corpo desse catso de texto mas em homenagem às minhas colegas que conversam comigo telepaticamente deveria ampliar muito. Não vou querer que ninguém pegue os óculos para ler. Longe de mim tal tarefa. Bom, olha só como funciona, o sono chegou assim de repente. Como se estivesse esperando eu me distrair para se instalar em meu corpo. Voltarei, me aguardem colegas. Menos pausa e mais ritmo porque aqui ninguém está se acabando, só em fase de migração, como as aves. Vamos buscar um pouso mais acolhedor, nem que seja só na nossa mente já que o corpo estranhamos. Até.